Nas mãos
Quis ter
Aquele fruto
Distante
Aparentemente
Delicado
Suave
Macio
Apetitoso
Fruto proibido
Aos meus olhos
Aos meus toques
Ao meu paladar
Sexualmente
apetecível
Impelida pelo desejo
De sentir o seu sabor
Caí em tentação
Esqueci qualquer preocupação
Olhei
Peguei
Experimentei
Tem
Gosto de perigo
Sedução
Aventura
Feitiço
Libido
E a boca não saciada
Devora o fruto
E sente o gosto
Eu
Sedenta
Hipnotizada
Paralisada
Sinto o sabor...
Quero mais
Do fruto proibido.
No (dis)curso da vida há linguagem o tempo todo, significando cada momento. E há momentos que são pura poesia. Alguns se encontram aqui poetizados. Outros foram poetizados, mas não se encontram aqui. Fazem parte do que é silenciado por aí... Há também aqueles que estão por vir e - quem sabe? - a serem inscritos, escritos, descritos... Você vai ler, (não) se identificar, interpretar cada momento-poesia. Mas saiba: os sentidos (sempre) podem ser outros. Porque, no (dis)curso da vida, há movimento!
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