Ontem senti um calor
esperava você me ligar
para esse calor passar
Você não ligou
Ainda assim o calor “passou”...
passou à febre...
Agora ardo em febre de desejo
Desejo ouvir tua voz gostosa
Sussurrando palavras obscenas no meu ouvido
À distância, quero perceber seu uso da linguagem:
“estarei pertinho de você para apagar essa chama ardente”
Pertinho de mim, quero perceber seu uso da língua:
“vou lambendo com a ponta da língua...
e logo com a língua inteira...”
Só de esboçar esses meus desejos
já fico quente, molhada,
com os mamilos durinhos
Imagino você me tocando,
me beijando, me chupando...
me comendo todinha...
Será delírio decorrente dessa febre que me toma?
Ou será você apagando todo esse meu fogo?
No (dis)curso da vida há linguagem o tempo todo, significando cada momento. E há momentos que são pura poesia. Alguns se encontram aqui poetizados. Outros foram poetizados, mas não se encontram aqui. Fazem parte do que é silenciado por aí... Há também aqueles que estão por vir e - quem sabe? - a serem inscritos, escritos, descritos... Você vai ler, (não) se identificar, interpretar cada momento-poesia. Mas saiba: os sentidos (sempre) podem ser outros. Porque, no (dis)curso da vida, há movimento!
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