Tenho uma relação íntima com o mês de junho. Embora nele nasçam invernos, comemoro primaveras. Fim e início de anos pessoais praticamente no meio do ano do calendário gregoriano. Início, meio, fim e recomeço. A cada primavera, novas oportunidades, experiências, descobertas... Todas confluem para o meu crescimento e, para tanto, é bom ressaltar, contam com esse personagem da vida chamado Tempo, “compositor de destinos (...), um dos deuses mais lindos”. Tempo, “que sejas ainda mais vivo no som do meu estribilho” (Oração ao tempo – Caetano Veloso), para que eu possa (sempre) me poetizar em versos, tais como: “De manhã escureço / De dia tardo / De tarde anoiteço / De noite ardo. (...) Meu tempo é quando” (Poética – Vinicius de Moraes).
No (dis)curso da vida há linguagem o tempo todo, significando cada momento. E há momentos que são pura poesia. Alguns se encontram aqui poetizados. Outros foram poetizados, mas não se encontram aqui. Fazem parte do que é silenciado por aí... Há também aqueles que estão por vir e - quem sabe? - a serem inscritos, escritos, descritos... Você vai ler, (não) se identificar, interpretar cada momento-poesia. Mas saiba: os sentidos (sempre) podem ser outros. Porque, no (dis)curso da vida, há movimento!
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